Eu nunca fui tão longe... e por tanto tempo...
Talvez, por isso, seja tão difícil decidir se continuo caminhando ou se tento retornar.
Nossas mentes nos pregam peças.
São ardilosas e cheias de armadilhas, aparentemente inocentes.
Escondem espelhos, portas secretas, esconderijos onde se adormece e perde o sentido de direção.
Acabou a brincadeira e não conseguimos voltar.
A noite chega, o cansaço chega, o desespero chega, mas não chega o tempo de acordar.
Beliscões, pulos, gritos, nada me acorda desse pesadelo de mim mesma.
Quando jovem optei em sem nômade de minhas enrascadas, fugia para outro endereço.
Outro CEP costumava me ajudar a desatar nós, desembaraçar meus novelos, criar novos enredos.
Mas a idade chega, as escolhas agora tem raízes... se vamos, deixamos parte de nossa melhor energia...
Escolhi ficar e saborear os frutos bons, acostumar-me com os amargos e evitar os passados.
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