É feito de reticências,
muitas, incontáveis.
Espaços de espera,
de intensidade incontroláveis,
de expectativas insondáveis.
O vento é assim,
sopra o ar que encontra,
empurra o que está a frente,
frio ou quente,
mato ou gente.
O vento que desarruma os cabelos da moça
é o mesmo que transforma montanhas em planícies.
O vento que move as ondas em ressaca
é o mesmo que modela as dunas do deserto.
O vento que não vemos,
vemos só o movimento.
Úmido ou seco,
brisa mansa ou apressado redemoinho.
Quantas coisas não vemos
e movem um universo em nós.
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