quinta-feira, 8 de abril de 2010

Viver não é preciso ou sonhar é impreciso (prolixas)


Alguém poderia imaginar como alguém pode se apaixonar pela filosofia... 
Eu digo que, não só a filosofia, mas o conhecimento em geral é apaixonante, pois nos dá estrutura às asas, ou seja, nascemos alados, mais totalmente pelados, e nisso concordo com Kant, nascemos capacitados para voar, mas não prontos, e a cada coisa que conhecemos acrescentamos uma pluma, uma pena, um azeitamento, assim que vejo a vida de quem cria (voa), as pessoas comuns não costumam voar, se conformam com a doxa, estão muito ligadas ao solo seguro, sentem-se atrofiadas desse membro ou se satisfazem pelos voos dos outros, como voyers da alethéia metafísica ou da phisis... a filosofia me mostra como é possível voar... e eu vou e voo, com a imaginação que os conhecimentos das coisas me dão... com a criação inerente de quem sonha pra viver... engraçado que quando escrevi isto na segunda feira pensei: será que todo mundo sente essa necessidade de voar, sentir a alma respirar, ir tão alto como um condor ou doidamente como Ícaro ao encontro do sol, do encanto da sua luz... mesmo que ela represente o fim... ou um começo deste destino inesperado? Deixei esse rascunho de mim jogado num canto da agenda... e hoje... ao ser cutucada pelo acaso e necessidade de Demócrito, pelo Sonhos poéticos de Bachelard e pelo Elogio a Loucura de Erasmo de Roterdã... resolvi dar mais esse salto... para o abismo múltiplo e infinito dessa existência humana, demasiadamente humana.

Um comentário:

  1. Pois é... a Filosofia "te dá asas"... Porém caminhar é preciso. Um passo de cada vez. Como o tempo é relativo, muitas vezes um passo é mais rápido que um salto. Voar para ver o chão! O chão é a aterissagem... ou o tombo! he he he

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