quarta-feira, 28 de julho de 2010

O “Misto-quente” de Charles Bukowski





Quando fui convidada a ler Buk pela primeira vez, muito bem recomendada por um velho leitor, tive muita estranheza e uma tempestade de sensações demasiadamente humanas que assustam. Talvez isso tenha acontecido porque iniciei pelo meio, ou seja, o livro emprestado foi do Buk amadurecido e, pra quem tem certa reserva com a literatura americana, foi impactante. Mas, ao mesmo tempo, pra quem gosta de ler e de ser desafiada, a novidade foi um presente. Porém, precisava conhece-lo melhor e, na última feira de livros de Ribeirão Preto, comprei “MISTO-QUENTE” e, aproveitando o recesso escolar, experimentei esse romance tão lido e comentado... a história de Henry... o sentimento de não pertencimento... a sobrevivência sem sonhos... como em alguns trechos que deixo como aperitivo:

“E então veio. Que emoção! Ele sabia como escrever uma frase. Era um prazer. As palavras não eram tolas, as palavras eram coisas que podiam fazer sua mente zunir. Se você as lesse e deixasse que sua mágica operasse, era possível viver sem dor, sem esperança, independente do que pudesse lhe acontecer.” (166)

“Quando a verdade de outra pessoa fecha com a sua, e parece que aquilo foi escrito só pra você, é maravilhoso.” (167)

“Eu então não disse mais nada porque, quando você sente ódio, a última coisa que deseja é suplicar...” (168)

“Enquanto isso, os pobres e os fracassados e os idiotas continuam se agrupando ao meu redor.” (168)

“Era como um monte de bosta que atraía moscas em vez de ser flor desejada por borboletas e abelhas.” (169)

“E você pode perdoar um idiota, afinal ele sempre corre na mesma direção e não desaponta ninguém. São os enganadores que fazem você se sentir mal.” (175)

“São apenas bocetas – ele disse -, criaturas realmente estúpidas” (182)

“A terra inteira não era nada além de bocas e cus engolindo e cagando e fodendo.” (183)

OUTROS TRECHOS VIRÃO...

2 comentários:

  1. VOCÊ É MUITO VULGAR. COMO ESSA LITERATURA QUE DIZ GOSTAR. NÃO SUPORTO MAIS ESSAS INDIRETAS NOS SEUS TEXTOS. NÃO ACHA QUE CHEGA, ELE NUNCA VAI SER SEU.

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  2. De alguma forma essa linguagem lhe atrai, pois parece ser leitor(a) contumaz, apesar da sua contumácia; e em As palavras e as coisas, Foucault, esclarece que não existe nenhum enunciado que não tenha forma e conteúdo que podem ser reorganizado ou reintrerpretado de acordo com a extensão da minha própria capacidade intelectual ou moral... portanto, leia da forma como melhor lhe apraz, já que parece não ter outra coisa para fazer... sinto-me lisonjeada com seu tempo de leitura e comentário dispensados a esse blog.

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