sábado, 25 de julho de 2009

Catarata filosófica masculina sobre o pensar feminino...


A forma como os filósofos, em geral, tematizam a mulher ao longo dos séculos, demonstra um claro desprezo ao ser feminino. Aproveitando-nos de uma passagem de Pitágoras, o mesmo afirma que “existe um princípio bom que gerou a ordem, a luz e o homem; há um princípio mau que gerou o caos, as trevas e a mulher” (Idem: 148).
Entretanto, apesar da discriminação das mulheres no campo filosófico, é possível perceber que, ao longo da história da filosofia, várias mulheres se destacaram como seres humanos que buscaram saber e conhecimento. No século XX há um destaque especial a algumas filósofas importantes. Dentre elas, encontram-se Hannah Arendt, Simone Weil, Edith Stein, Mari Zambrano e Rosa Luxemburgo. Estas mulheres, contrariando a ordem patriarcal de seu tempo, foram filósofas importantes e, sem dúvida, contribuíram decisivamente para a construção do conhecimento.
Pode-se afirmar que um dos motivos da visão negativa do “ser feminino” baseia-se no entendimento, segundo o qual, as “deficiências”, “limitações” e a própria inferioridade da mulher decorrem de sua própria natureza, ou seja, a condição inferior da mulher é vista como algo natural e, portanto, imutável. Esta visão do “feminino” esteve presente na história da filosofia e continua sendo um desafio para as mulheres filósofas. Enquanto ser humano, a mulher é dotada de razão, mas o uso pleno e adequado ainda está reservado, majoritariamente, ao ser masculino.

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