sábado, 31 de outubro de 2009

Espera... do verbo nunca.

Lola
A esperança é um serial killer.
É o que sobra de nosso filme de terror cotidiano...
Da nossa rotina apolínica...
Da nossa pulsão de morte.
Mãe dos recalques e ressentimentos que assombram os nossos sonhos ... ou seriam pesadelos dionisíacos (bacanais).
A esperança é vampiro.
É zumbi.
É o demônio que ninguém se atreve exorcizar.
Mal hálito.
É esgoto, é febre, é medo de descobrir o nada que há além dessa existência natural/biológica.
Disfarçada em carta de baralho, meio chocolate, flores encontradas pelo caminho, palavras entrecruzadas, contos, poesias... em portas de botecos... um ou outro quase beijos... acorde: bela adormecida dos bancos de madeira - é a esperança, disfarçada de armadura que te veste para a próxima travessura cruel.



Nenhum comentário:

Postar um comentário