terça-feira, 1 de junho de 2010

Inconformismo









Aonde?…

Ando a chamar por ti, demente, alucinada,
Aonde estás, amor? Aonde… aonde… aonde?…
O eco ao pé de mim segreda… desgraçada…
E só a voz do eco, irônica, responde!
Estendo os braços meus! Chamo por ti ainda!
O vento, aos meus ouvidos, soluça a murmurar;
Parece a tua voz, a tua voz tão linda
Cantando como um rio banhado de luar!
Eu grito a minha dor, a minha dor intensa!
Esta saudade enorme, esta saudade imensa!
E Só a voz do eco à minha voz responde…
Em gritos, a chorar, soluço o nome teu
E grito ao mar, à terra, ao puro azul do céu:
Aonde estás, amor? Aonde… aonde… aonde?…
Florbela é uma doce presença em tardes que não passam ou nas que o tempo nos devoram sem responder ou solucionar nossas angústias...

2 comentários:

  1. Queria poder fazer algo por seu olhar tão triste e distante no horizonte... mas acho que já se acostumou ao dramas, está viciada na busca do que não tem (coisas da filosofia?) e na cegueira sobre o que tem. S. A.

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  2. Talvez, somente talvez tenha razão, porque também está na mesma situação... criticando um espelho... não é a pessoa mais indicada a isso. Se ao menos fosse um estóico ou um espinosista ou até um budista... eu pensaria nisso com mais seriedade, mas é um existencialista, como eu, que quer ter o controle do incontrolável: da vida subjetiva e objetiva... tudo foge ao controle da razão... o melhor a fazer é escrever e/ou ler contos onde alguns sonhos se realizam... viver de palavras impressas e impressões oníricas das noites secas, frias e empoeiradas.

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