quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Fins e começos...de uma triste fada...

As vezes, quando as coisas acabam ficamos tristes,
Ninguém gosta de fins, mesmo dos inevitáveis,
Mas a tristeza se mistura com outros sentimentos,
Das coisas que ficam das coisas que vão...
Ficou a poesia desconhecida antes de Florbela,
Ficaram as conversar sempre codificadas e decodificadas,
Fica a sensação da capacidade de sentir e fazer sentir
Não tem como tudo ir embora junto com suas pernas longas e nômades
Vai deixar o Buk, com sua intensidade "fácil" de expressar
Seu gosto para quadrinhos e máscaras
Uma Sombra, um Elfo, um leão, um Quixote...
... personagem do Milfaces famintos por Ser...
História de uma criança crescida... um adulto infantil...
Ficará uma rebeldia sonolenta... preguiça de lanças inferrujadas...
Ficará as vontades não realizadas... e as lembranças das realizações...
E lembranças de tantos sonhos e a possibilidade de mais sonhos... sonhar é possível.
Quando fechei a porta, sabia que as malas que levava não cabiam toda a nossa bagagem...
Metafísicas, transcendentes, indecentes, dementes... de gente cansada do cotidiano invisível...
Fechamos as malas juntos. Uma a uma. Músicas e poesias trocadas e conversas trocadas com senha, camufladas, encadeadas.
Não vi você partindo... depois do suco de manga... seu movimento em leque... mão dura... inflexível... foi uma tarde de despedida... onde se despedem as antigas ambições e iniciam-se outras.
Busco agora um pragmatismo ortodoxo para as coisas que deixou, que deixei.
Que vai além das lembranças de uma cantada de formatura.
Que vai além de desejos de trepadas loucas que não demos.
Que ultrapasse o que as carnes fazem ao estarem no cio.
Enbriões congelados nos fornos em brasa.
Um livro.
Sejamos úteis... enquanto não se é feliz...

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