terça-feira, 8 de setembro de 2009

Antropologia - Aula 5

ANTROPOLOGIA NO BRASIL I

Talvez a melhor maneira de dar conta do desempenho da Antropologia no Brasil seja traçar-lhe a história. Seria, porém, temerário tentar fazê-lo dentro dos limites de espaço e de tempo de que aqui dispomos, uma vez que essa tarefa exigiria o exame cuidadoso de um número razoavelmente grande de livros e artigos que se vêm acumulando por mais de cem anos de atividade. 

OBJETIVO E METODOLOGIA

»Uma vez que vários antropólogos e cientistas de áreas afins têm elaborado, ao longo desses anos, avaliações, comentários sobre períodos, orientações, temas, autores, relacionados ao desenvolvimento da Antropologia em nosso país, será organizado um roteiro, curto e provisório, em que será encadeado e aproveitado esses numerosos trabalhos críticos e bibliográficos.
»O maior espaço é dedicado à Etnologia.
Isso decorre de duas razões:
A existência de um maior número de trabalhos e um mais amplo leque de temas etnológicos explorados;
Pelo andar do curso ter um interesse mais forte na Etnologia.


CRONISTAS
O sol do Brasil RJ
»Aqueles autores que deixaram relatos em que registram suas experiências com a população de determinados locais ou regiões do Brasil e suas observações a respeito dela.
São numerosos navegadores, missionários, diplomatas, empresários, militares, naturalistas, que, desde o momento em que Cabral tocou o litoral brasileiro até o presente século, visitaram o Brasil, ou aqui moraram temporariamente, ou mesmo chegaram a se estabelecer, deixando o registro de seus contatos com a população.
Por conseguinte, a conhecida carta de Pero Vaz de Caminha teria sido a primeira dessas “crônicas”.
»Se tais autores não foram propriamente antropólogos, porque tratar deles neste roteiro?
Na inexistência ou ausência do cientista social, eles nos deixaram registros de observações diretas, espontâneas, ainda que não controladas.
»Somente os naturalistas tinham sido educados de maneira a manter uma certa disciplina em suas observações, ao lidar com fenômenos sociais, deparavam com um objeto cujas peculiaridades não permitem o mesmo tratamento que os fenômenos físicos e biológicos


CRONISTAS SUA CONTRIBUIÇÃO

»Períodos mais ricos em informações de outros mais pobres
Podendo-se fazer o mesmo com diferentes regiões do Brasil ou diferentes tópicos.
»A partir da chegada da Família Real que o número de cronistas aumenta
Devido à abertura dos portos e à transferência da capital de Portugal para o Brasil
Que logo depois se torna independente.
»O século XVIII, pelo menos no que tange à informações sobre indígenas, foi um período pobre.
Diz Herbert Baldus, na “Introdução” à Bibliografia crítica da etnologia brasileira, onde faz um breve histórico dos estudos sobre índios do Brasil, incluindo os cronistas.


ETNOLOGIA

No Brasil atual não é raro ouvir-se falar de “Etnologia” quando se trata de estudos referentes a sociedades indígenas, excluindo-se da classe rotulada por esse termo aquelas pesquisas referentes a temas urbanos ou rurais.
Será utilizado o termo “Etnologia” num sentido mais amplo
Como parte da Antropologia Cultural ou Social que abrange os estudos em que o pesquisador entra em contato direto, face a face, com os membros da sociedade, ou segmento social estudado
Contrastando-a com a Arqueologia
Que abarca as pesquisas apoiadas em vestígios deixados por sociedades desaparecidas ou por períodos passados de sociedades que continuam a existir. 

ATÉ OS ANOS 30

Nesse período não existe a formação acadêmica de etnólogo no Brasil.
Os estudiosos brasileiros que dão contribuições nessa área são
Médicos, juristas, engenheiros, militares ou de outras profissões.
Mesmo os etnólogos que vêm do exterior são formados em centros de pesquisa de criação recente
A Antropologia era então ramo novo das ciências, mesmo na Europa.
Alguns deles são também de outras áreas acadêmicas e que, tendo-se interessado pela Etnologia, procuraram aperfeiçoar-se nos centros que a cultivavam. 
Tanto os brasileiros como os estrangeiros desse período nem sempre eram puramente etnólogos, mas sim antropólogos gerais, lidando indistintamente com problemas
Etnológicos, arqueológicos, lingüísticos ou de Antropologia Física. 

TRANSIÇÃO PARA A ETNOLOGIA 

A partir de meados do século passado,
alguns brasileiros se incumbem de 
tarefas de caráter etnológico.
Esses pesquisadores
Quase todos autodidatas em Antropologia
A respeito de índios, negros, sertanejos
Mostravam na maior parte dos casos um certo interesse no destino das populações que estudavam e seu lugar na formação do povo brasileiro, cujo futuro era objeto de suas preocupações.
Boa parte desses autores vivem um conflito entre 
A simpatia que devotavam às minorias que estudavam
A situação de inferioridade em que as colocavam na hierarquia biológica que supunham
Por outro lado, esses autores já estavam atentos para o problema do contato interétnico, tratado daí por diante por todas as gerações de etnólogos brasileiros, naturalmente segundo os recursos teóricos de cada época. 

A PREDOMINÂNCIA ALEMÃ NA ETNOLOGIA INDÍGENA 

Nesse primeiro período
Os etnólogos estrangeiros eram principalmente alemães
Estavam mais voltados para as culturas indígenas
Mantinham-se em nosso país apenas enquanto duravam suas expedições científicas
Posteriormente alguns chegaram a se radicar no Brasil (ou em países vizinhos).
Martius, como naturalista, sobretudo botânico
Poder ser considerado um cronista ao falar de índios
Sua contribuição foi grande para a Etnologia e para a Lingüística
Foi o primeiro a tentar uma visão ordenada das culturas e línguas indígenas com que entrou em contato - em sua viagem pelo Brasil junto com o zoólogo Spix - procurar uma explicação para a situação em que se encontravam os índios.
Pouco antes da Independência
Publicada no século passado, sua contribuição constituiu um ponto de partida para os etnólogos
Mesmo que não concordassem com algumas de suas idéias. 

A PREDOMINÂNCIA ALEMÃ NA ETNOLOGIA INDÍGENA

O primeiro e o mais famoso etnólogo alemão
Karl Von Den Steinen
Que passou da Psiquiatria para a Etnologia por influência de Bastian.
Em sua expedição de 1884 descobriu os grupos indígenas xinguanos e foi o primeiro a descer o rio Xingu desde seus formadores até a foz.
Numa segunda expedição, de 1887 a 1888, voltou a visitar os xinguanos.
A formação evolucionista do pesquisador, o levava a procurar desvendar no estudo dos xinguanos a origem de uma série de técnicas e costumes;
Dedicou também sua atenção, por outro lado, à descoberta do foco de irradiação dos índios da família lingüística Karíb, da qual descobriu fazerem parte os Bakairí do Xingu. 

DOS ANOS 30 AOS 60 – INÍCIO DE BREVE HISTÓRICO

Em 1934
Primeira Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras do Brasil
Na Universidade de São Paulo
Na mesma época fundava a Escola de Sociologia e Política.
Para fazer frente à necessidade de professores, foram contratados vários mestres estrangeiros.
Roger Bastide, Emílio Willems, Claude Lévi-Strauss passaram a trabalhar na primeira, enquanto Herbert Baldus, Donald Pierson, na segunda, onde esteve como professor visitante, por breve período durante a Segunda Guerra Mundial, Radcliffe-Brown.
No Rio de Janeiro criava-se a Universidade do Distrito Federal
Gilberto Freyre assumiu em 1935
Seu primeiro professor
A cátedra de Antropologia Social e Cultural
Ocupou também a cátedra de Sociologia
Arthur Ramos
A de Psicologia Social. 
Em 1939
Universidade do Brasil, que absorveu a Universidade do Distrito Federal
Arthur Ramos ocupou a cátedra de Antropologia e Etnologia.
Não chamaram professores estrangeiros para a área de Ciências Sociais. 

IMPORTÂNCIA DE GILBERTO FREYRE

Gilberto Freyre
estudado nos Estados Unidos
Universidade de Baylor
depois na de Colúmbia, até 1922
viajando em seguida por Portugal e Inglaterra
podia imprimir uma influência renovadora sobre seus alunos.
sua permanência na Universidade do Distrito Federal foi pequena.


Arthur Ramos

experiências no exterior a partir de 1940
prematura morte, aos 46 anos de idade, em 1949
privou a Universidade do Brasil do muito ainda que lhe poderia ter dado.
Já em Recife


Gilberto Freyre

manteve atividades docentes na Escola Psiquiátrica do Recife
mantendo intenso intercâmbio com seus alunos
declara-se como responsável inicial pela primeira cátedra de Sociologia, no Brasil, em 1928, na Escola Normal do Estado, em Recife.
foi São Paulo, pelo número de professores, pelo número de alunos e pelo espírito de renovação, o principal foco de irradiação da Etnologia neste período. 

ESTUDOS ANTROPOLÓGICOS APROFUNDADOS

Nessa época
Primeiros estudantes brasileiro fazem seus cursos de pós-graduação em instituições estrangeiras
Eduardo Galvão - Universidade de Colúmbia
Ruy Coelho e Otávio da Costa Eduardo - Northwestern
Antônio Rubbo Müller - Oxford. 
Influência Norte-americana dominante deste período
Através de docentes que aqui ministravam cursos
Pela presença dos primeiros pesquisadores norte-americanos
vinham estudar sociedades indígenas, religiões afro-brasileiras ou pequenas comunidades
Através dos brasileiros que iam estudar nos Estados Unidos. 
Certamente essa influência decorria de um nascente e cada vez mais vigoroso interesse de pesquisadores norte-americanos pelos países da América Latina, inclusive o Brasil
Desde meados da década dos 30 até hoje, como importante resenha bibliográfica não só do que se produz no campo da Antropologia como na área de Humanidades, no que se refere à América Latina. 
A justaposição das influências européia e norte-americana é responsável pela união um tanto híbrida
Funcionalismo com aculturação que caracteriza este período.
Mesmo com forte influência norte-americana não florescem no Brasil a relação entre cultura com personalidade. 
Começa a crescer o número de etnólogos brasileiros
Tendem a se aproximarem mais dos sociólogos do que dos lingüistas e antropólogos físicos. 

FORTALECIMENTO DA ANTROPOLOGIA NACIONAL

Cultivadores dos diversos ramos da Antropologia reconheceram a existência de interesses em comum pela criação
Associação Brasileira de Antropologia (ABA)
Em 1955
Que se mantém em atividade até hoje
Com um número cada vez maior de membros.
O atual estatuto da ABA está publicado na Revista de Antropologia (1981b).
ABA teve como precursora a Sociedade Brasileira de Antropologia e Etnologia, fundada em 1941  www.antropologia.com.br
Primeiro presidente foi Arthur Ramos
Que divulgou em 1942 um “Manifesto contra o racismo”
acontecimento importante deste período realização
Do XXXI Congresso Internacional de Americanistas, em São Paulo.
Congresso Afro-Brasileiro do Recife (1934) 
Congresso Afro-Brasileiro da Bahia (1937). 

INTERPRETAÇÕES GERAIS DO BRASIL
 Guerra e Paz: Casa-Grande e Senzala e a Obra de Gilberto Freyre nos Anos 30
Autores que se preocupam com a sociedade brasileira como um todo
Oliveira Viana, cuja atividade se prolonga pelas décadas de 30 e 40. 
Gilberto Freyre
iniciar-se com Casa Grande & Senzala (Rio de Janeiro, Maia & Schmidt, 1933)
Sobrados & Mocambos, que foi inicialmente volume 64 da Coleção Brasiliana (São Paulo, Nacional, 1936)
A Ordem e Progresso (Rio de Janeiro, José Olympio, 1959), a par de uma série de trabalhos paralelos.
Freyre privilegia
Certos tópicos, como a família patriarcal
Uma região, o Nordeste.
Não admite uma hierarquia de raça
Diversamente de Oliveira Viana
Defende a tese da maior adaptabilidade dos portugueses aos trópicos, dada sua história biológica e cultural. 
Apreciações que se fizeram da obra de Gilberto Freyre
Respeito de si mesmo e de sua obra,1968
Comentários de Dante Moreira Leite ,1969
Sérgio Buarque de Holanda , 1979 


INTERPRETAÇÕES GERAIS DO BRASIL


Como interpretação do Brasil também
grande importância
Sérgio Buarque de Holanda, Raízes do Brasil (Rio de Janeiro, José Olympio, 1936)
Arthur Ramos
professor da Faculdade Nacional de Filosofia e que era na década de 30 um dos mais conceituados etnólogos
baseado em sua experiência pessoal de estudos sobre as populações de origem africana e em extensa pesquisa bibliográfica sobre este e demais temas, condensou nos dois grossos volumes
Introdução à Antropologia brasileira (Rio de Janeiro, CEB, 1943-7) o que então se conhecia a respeito das populações formadoras do povo brasileiro, um livro que foi uma obra de consulta por muito tempo e que ainda hoje constitui uma proveitosa leitura.
Fernando de Azevedo escreveu um nutrido volume sobre A cultura brasileira (Rio de Janeiro, IBGE, 1943).
Entretanto, o termo cultura é aí utilizado no seu sentido mais estrito e tradicional e não naquele mais amplo comumente adotado na Antropologia.
Por conseguinte, o livro trata apenas de certos aspectos da cultura brasileira, sobretudo aqueles que dependem de uma formação escolar, acadêmica e científica.


Os estudos de mudança social, cultural ou aculturação 

Nos anos 30
início os estudos
mudança social
mudança cultural
Aculturação
termos usados segundo as preferências de cada autor e não exatamente intercambiáveis.

Tais estudos tiveram por objeto
a população negra
os grupos indígenas
imigrantes europeus e asiáticos e seus descendentes
a população de áreas de povoamento antigo e economicamente estagnadas. 
Os estudos de mudança social, cultural ou aculturação
Negros
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Vestígios das culturas africanas que continuavam a sobreviver no Brasil
Apesar
Conflito com as crenças e valores das camadas dominantes
Perda de contato com as fontes de origem
Objeto de maior preocupação
as crenças e ritos religiosos, principalmente os oriundos do golfo da Guiné.
Brasileiro Arthur Ramos
americano Melville Herskovits
francês — Roger Bastide. 
foi professor na USP, onde deixou grande influência.
O candomblé da Bahia, 1978

Porém procura mais a coerência interna do conjunto de crenças e ritos que constituem o candomblé do que as origens africanas, ainda que delas se ocupe.
As religiões africanas no Brasil (2 vols., São Paulo, Pioneira e EDUSP, 1971)

ACULTURAÇÃO INDÍGENA

No contato interétnico entre índios e brancos
Herbert Baldus
um dos primeiros a ensaiá-los e acentuar sua necessidade. 
Na década dos 40
James Watson (e também de sua esposa, Virginia Watson)
sobre os Kayová, um subgrupo Guaraní de Mato Grosso (do Sul);
Charles Wagley, da Universidade de Colúmbia, e Eduardo Galvão, então do Museu Nacional
sobre os Tenetehára, do Maranhão;
Fernando Altenfelder Silva, da Escola de Sociologia e Política de São Paulo
sobre os Terêna, do atual Mato Grosso do Sul
Na década 50
Robert Murphy
sobre os Mundurukú do rio Tapajós
Eduardo Galvão 
sobre os índios do alto rio Negro
Roberto Cardoso de Oliveira 
sobre os Terêna. 
No final dos anos 50
Eduardo Galvão, Darcy Ribeiro e Roberto Cardoso de Oliveira
começam a repensar a orientação que vinha sendo tomada nos estudos de aculturação
Darcy Ribeiro
Chama a atenção para a importância do caráter das frentes de expansão e desloca o interesse das culturas indígenas para o destino das sociedades que as mantêm e de seus membros.

Nos anos 60 fazem um balanço geral sobre os estudos de aculturação realizados até então
Egon Schaden
Eduardo Galvão

PREDOMINÂNCIA DO FUNCIONALISMO NO ESTUDO DAS CULTURAS E SOCIEDADES INDÍGENAS 

Florestan Fernandes
A organização social dos Tupinambá (2ª ed., São Paulo, Difusão Européia do Livro, 1963) 
A função social da guerra na sociedade tupinambá (2ª ed., São Paulo, Pioneira e EDUSP, 1970)
baseados nos cronistas dos séculos XVI e XVII
Tais trabalhos são marcados por uma cuidadosa reflexão sobre a abordagem funcionalista e pela justificação dos métodos utilizados
Precursora de monografias sobre totalidades socioculturais que surgirão mais tarde
Egon Schaden
A mitologia heróica de tribos indígenas do Brasil (Rio de Janeiro, MEC, 1959)
onde relaciona de modo direto as mitologias dos Kadiwéu, Borôro, Kaingâng, Guaraní-Apapokuva, Mundurukú
índios do alto rio Negro às suas respectivas organizações sociais
este seu trabalho se desenvolve nas linhas gerais do funcionalismo. 
Darcy Ribeiro
sobre a religião e a mitologia dos Kadiwéu (Petrópolis, Vozes, 1980)
não se demora em reflexões, a indica explicitamente como funcionalista na Introdução de sua edição, 1950.
Há trabalhos que parecem se aproximar dos estudos de cultura e personalidade
norte-americano Jules Henry
estudou os Xoklêng, de Santa Catarina.
Seja por estarem esses índios em mudança cultural acelerada, por causa das pressões do contato interétnico
seja devido à orientação teórica do pesquisador, o que o levava a dar muita importância às diferenças individuais
um retrato dos Xoklêng que mais parece o de uma sociedade amorfa.
Nimuendajú
descrições de outras sociedades, falantes de línguas da família Jê, tal como os Xoklêng
mostrando-nos uma organização social e uma vida ritual altamente formalizadas
Ou por serem sociedades que tinham superado a fase crítica inicial do contato
Ou por dar mais importância ao comportamento ideal


O FUNCIONALISMO NO ESTUDO INDÍGENAS

Transição entre orientações teóricas do período anterior e o funcionalismo
Herbert Baldus
nascido na Alemanha, mas radicado no Brasil a partir dos meados da década de 30, como professore estrangeiros da Escola de Sociologia e Política de São Paulo.
pesquisas em grupos indígenas: Guaraní,  Kaingâng,  Terêna,  Karajá,  Borôro.
pesquisas na América do Sul, sobretudo na região do Chaco.
Trabalho etnológico referente aos índios Tapirapé, do leste de Mato Grosso
Tapirapé (São Paulo, Nacional e EDUSP, 1970) no ano de sua morte. Deixou também a utilíssima Bibliografia Crítica da Etnologia Brasileira (Baldus, 1954/68). A Revista do Museu Paulista (1968/9)
Trabalho baseado em longas expedições
Kalervo Oberg
trabalhou algum tempo na Escola de Sociologia e Política de São Paulo
coletou dados sobre índios de Mato Grosso, como Terêna, Kadiwéu, Umotína, Irântxe, Nambiquaras, Bakairí, Kamayurá.
Lévi-Strauss
lhe permitiu escrever mais de um trabalho sobre os Nambiquaras.
visitas curtas 
Herbert Baldus e Eduardo Galvão
Para vários grupos indígenas
Egon Schaden
comunidades Guaraní.
Curt Nimuendajú
curtas e muito freqüentes visitas a muitos grupos indígenas, períodos mais longos em alguns deles. 


TODAS AS IMAGENS RETIRADAS DA INTERNET, GOOGLE IMAGENS





BIBLIOGRAFIA
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Links
Laboratório de biodiversidade e evolução molecular do departamento de biologia geral, do ICB/UFMG
A ancestralidade Africana no Brasil

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