terça-feira, 4 de maio de 2010

FILOSOFIA FRANCESA


"Toda a filosofia moderna deriva de Descartes (1596-1650). Não tentare-mos
resumir sua doutrina: cada progresso da ciência e da filosofia permite
descobrir nela algo de novo, de modo que compararíamos facilmente esta
obra às obras da natureza, cuja análise jamais será terminada. Mas, assim
como o anatomista faz em um órgão ou em um tecido uma série de cortes
que ele estuda sucessivamente, nós iremos recortar a obra de Descartes em
planos paralelos situados uns abaixo dos outros, para obter dela, sucessiva-mente,
visões cada vez mais profundas.
Um primeiro recorte revela no cartesianismo a filosofia das idéias "cla-ras
e distintas", a que definitivamente libertou o pensamento moderno do
jugo da autoridade para não admitir outra marca da verdade senão a da
evidência.
Um pouco mais em baixo, cruzando a significação dos termos "evidên-cia",
"clareza", "distinção", encontramos uma teoria do método. Descartes,
inventando uma nova geometria, analisou o ato de criação matemática. Ele
descreve as condições desta criação. Ele fornece assim os procedimentos
gerais de pesquisa, que lhe foram sugeridos por sua geometria."




Henri Bergson



OUTROS FILÓSOFOS FRANCESES

Livro Filosofia Francesa - A Influência de Foucault, Derrida, Deleuze & Cia. da editora Bookman


OU




O livro Ensaios sobre a filosofia francesa é resultado de um aprimoramento e de uma diversificação do debate filosófico no país nos últimos anos. Reunindo estudos sobre aspectos fundamentais do pensamento de autores como Henri Bergson, Maurice Merleau-Ponty, Jean-Paul Sartre, Michel Foucault, entre outros, ele é revelador de como esse debate abrange temas e autores recentes e atuais para as grandes questões de que se ocupa a filosofia nos dias de hoje.
Essa abertura respeita o diálogo com as primeiras fontes que, no final do século XIX e começo do XX, abriram os caminhos para as discussões que configuram o perfil do debate filosófico atual, marcado pela complexidade da história contemporânea e pela dramaticidade das experiências que conduziram a filosofia a uma pluralidade de interesses e uma revisão do próprio modo de pensar filosófico.
Está presente nesta obra a reflexão de Bergson movida pela necessidade de se retomar um contato mais próximo e autêntico com a realidade, a profundidade filosófica de Merleau-Ponty, o extraordinário esforço de compreensão das tensões constitutivas da existência histórica presente em Sartre, que nos oferece um testemunho vivo da presença do pensamento diante do drama humano.
Finalmente, Paul Ricoeur, Michel Onfray, Albert Camus e François Foucault, cada um à sua maneira, são interpretados com rigor e originalidade, aprofundando a compreensão desses autores que nos permitiram entender melhor os caminhos e descaminhos trilhados pela modernidade.

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